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Você já parou para imaginar o quanto você é frágil?
Ultimamente temos visto muitos casos de queda de avião ao redor do
globo, aeronaves somem sem deixar vestígio algum.
Isso me faz lembrar que eu padeço de três coisas: minha vulnerabilidade,
minha mortalidade e minha temporalidade.
Um mistério como só me dou conta disso geralmente quando acontece alguma
tragédia de grandes proporções.
Uma vez passei por uma situação em um voo de São Paulo para Goiás que me
deixou muito assustado.
O voo estava cheio, a maioria dos passageiros eram crianças acompanhadas
de seus pais em um voo de sexta-feira a noite.
O serviço de bordo estava pela metade quando o comandante anuncia uma
zona de forte turbulência.
Eu passei as mãos no meu cinto e o apertei com força.
A aeromoça que servia os passageiros suspendeu o serviço, correu pelo
corredor com aquele carrinho (isso mesmo, ela correu dentro de avião) e se atou
aquele sinto de segurança como se não houvesse amanha.
A partir dai o que aconteceu marcou a minha vida para sempre.
O avião caia metros mergulhando naquela zona de turbulência e o piloto
bravamente levantava o bico da aeronave.
As luzes do avião apagaram e ai meu amigo... a gritaria e choradeira
daquelas crianças ocorreu em profusão.
Agora o avião caia e subia apagado, na janela você só via relâmpagos,
estávamos em meio a uma tempestade.
Para piorar as mascaras de oxigênio se desprendem... eu pensei: cheguei
no fim da linha.
Tudo isso durou no máximo 10 minutos, após as mascaras descerem tudo
cessou instantaneamente.
O piloto então falou: “Saimos da zona de turbulência, seguiremos com o
serviço de borde e dentro de alguns minutos já adentraremos a região de pouso”.
Que alivio.
Só quem já passou por uma situação de medo em um voo sabe o que estou
falando.
Eu te pergunto não somos vulneráveis?
Não somos frágeis?
Sim somos e porque insistimos em parecer tão forte, porque custamos a
derramar aquela lagrima, a dar o braço a torcer, a pedir perdão e conceder o
perdão.
Alias essa é uma das nossas dificuldades primordiais: pedir e conceder o
perdão.
Tenho algo claro para a minha vida e olha que aprendi isso recentemente:
faço de tudo para viver o hoje intensamente.
Vivo o hoje da melhor forma possível porque sei que amanha pode ser
tarde. Porque amanha posso não ter outra chance, porque o amanha pode não
existir.
Viva o hoje o mais intenso possível, ouse arriscar, tente, divirta-se,
ame de verdade. Volte atrás, corra atrás, se jogue, se lance.
Você é resultado de suas escolhas.
