quinta-feira, 27 de agosto de 2015

QUE PORCARIA


O assunto tomou conta das conversas da ultima terça feira em SP. Uma carreta com porco que seguiam para um frigorifico tombou em uma importante rodovia da cidade e a partir dai uma série de situações foram desencadeadas.
Tentaram desvirar o caminhão com a carga viva dentro, depois viram que o melhor seria primeiro retirar os animais do veiculo.
Junto a essa situação responsáveis por sociedades protetoras dos animais já estavam no local e hoje com a internet, com smartphone tudo era relatado minuto a minuto.
Claro que muito daquele sofrimento poderia ter sido ao menos reduzido se os envolvidos tivessem preparados para tal situação mas o que vimos foi um sofrimento terrível daqueles animais agonizando por horas e pra piorar o envolvimento de um trator para tentar desvirar a carreta.
Tudo isso sendo feito com os animais dentro daquele caminhão.
Vendo aquilo fiquei a me perguntar: mas porque eles não retiraram os porcos?
Talvez a finalidade dos animais, um abatedouro não gerou comoção naquelas pessoas que viram os animais apenas como mais uma carga que tombou e precisava ser removida da rodovia.
Mais surpreso fiquei horas depois ao saber que já existia uma campanha arrecadando fundos para manter esse porcos em uma espécie de santuário para animais.
Em poucos horas os valores de doação já eram altíssimos.
Isso me levou a refletir algumas coisas...
Toda essa comoção com os animais, todo esse sofrimento que os bichos sofreram realmente mexeu com todo mundo. Em uma das imagens que eu vi uma moça que ajudava no “resgate” chorava por não poder fazer nada diante daquele sofrimento.
Tudo isso realmente entristece mas temos que observar com o que temos nos comovido.
Já ouvi de algumas pessoas  a seguinte frase: “Eu não posso ver velho, cachorro e criança sofrendo que saio fora do sério”.
Algo que me chama a atenção é que meio que temos escolhido o que nos comove, ou o que deve mexer conosco.
Respeito quem defende os animais, quem se engaja em causas ambientais mas hoje estamos mais abertos a esse tipo de causa do que lutar pela causa de pessoas.
Quantas delas passam dias em filas de hospitais, buscando consultas que levam meses para acontecer.
Quantos agonizam por atendimento, pedindo misericórdia até mesmo para homens para serem atendidos.
Quantas crianças são abortadas e descartadas sem um pingo de consideração.
Quantas crianças são vendidas como objeto sexual para satisfazer as taras de mentes doentes mundo a fora.
Quantas mulheres são aprisionadas em um mundo de prostituição sem limites.
Isso tudo sem falar das drogas, das chacinas, do submundo do ocultismo que vitima milhares de pessoas mundo a fora.
São muitas as causas que podemos lutar pelo ser humano mas ainda nos prendemos ao leão que foi abatido na África e aos Porcos que tombaram na rodovia.

Não se deixe enganar, o mandamento ainda é amar o próximo como a ti mesmo.

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